Tumores Cutâneos
A cirurgia de tumores cutâneos consiste na retirada, parcial ou total, de lesões de pele, que podem ser benignas ou malignas, respeitando as características da patologia em questão e buscando o melhor resultado estético-funcional possível.
Dentre os diversos tipos de tumores benignos, destacam-se: nevos, siringomas, quelóides, lipomas, cistos, leiomiomas, neuromas, hemangiomas, entre outros. Entre as lesões malignas, os tumores mais comuns são: carcinoma basocelular (CBC), carcinoma epidermóide ou espinocelular (CEC) e melanoma.
Abaixo relacionamos os principais questionamentos de potenciais pacientes à cirurgia de tumores cutâneos:
A cirurgia é indicada para mim?
Nem toda lesão de pele exige retirada cirúrgica. Após a devida avaliação por médico qualificado, que examinará a lesão e os dados pessoais pertinentes, serão discutidas com o paciente as possíveis condutas que variam desde o simples acompanhamento periódico, passando por tratamentos não-cirúrgicos, até a cirurgia propriamente dita. Em casos de tratamento cirúrgico, há ainda diversas possibilidades de planejamento que deverão ser discutidas com o paciente.
O que esperar da minha primeira consulta com o cirurgião plástico?
Durante a consulta, o Cirurgião Plástico questionará o paciente acerca de detalhes a respeito da lesão em questão (tempo de aparecimento; se houve trauma prévio na região; sintomas associados – coceira, sangramento, saída de secreção, etc.; velocidade de crescimento; relação familiar, etc.), bem como da saúde geral do paciente (história da cicatrização em geral; história de doenças; medicações, vitaminas ou quaisquer outras substâncias de que faça uso – álcool, cigarro, drogas ilícitas; possíveis alergias; história familiar, etc.).
É muito importante informar ao seu médico sobre seus problemas de saúde. Seja sincero e não omita informações, mesmo que pareçam bobas. Os mínimos detalhes podem fazer a diferença no resultado final.
O que preciso saber antes de se submeter à cirurgia?
Antes da efetiva realização deste procedimento, é importante estar ciente sobre:
- Recomendações pré-operatórias (tempo de jejum, medicamentos ou quaisquer outras substâncias que deverá suspender e com que antecedência, cuidados com o local da cirurgia);
- Tipo de anestesia e tempo de internação programados;
- Necessidade de ajuda no momento da liberação para casa;
- Tempo de repouso;
- Cuidados com a ferida operatória;
- Medicações que serão necessárias;
- Possíveis intercorrências/complicações.
Quais os riscos incorrentes à esta cirurgia?
Todo e qualquer procedimento cirúrgico envolve riscos. Estes serão minimizados pela correta avaliação pré-operatória, planejamento cirúrgico e cuidados pós-operatórios adequados. Entre as possíveis intercorrências/ complicações, podemos citar:
- Sangramento/ hematoma (acúmulo de sangue internamente);
- Infecção;
- Cicatrização ruim (hipertrofia, quelóide, retrações, alterações de cor);
- Alterações de sensibilidade;
- Necroses e perdas parciais ou totais de retalhos ou enxertos realizados;
- Recorrência da lesão;
- Reação aos produtos utilizados (fios de sutura, fitas, soluções injetáveis);
- Complicações inerentes ao ato anestésico;
- Necessidade de novo procedimento cirúrgico.
A remoção de tumores cutâneos deixará cicatrizes?
Diferente dos tratamentos clínicos (medicamentos, laser, etc.), que podem estar indicados para alguns casos selecionados de lesões, todo tratamento cirúrgico envolve corte(s) na pele e/ou mucosa(s) e, por consequência, cicatriz(es). Não existe cirurgia sem cicatriz(es). O que existe é a cirurgia bem planejada, com cicatriz(es) final(is) bem posicionada(s) e camuflada(s), quando possível, em relevos naturais da pele, atingindo resultados pouco perceptíveis.
Como se dará o processo de cicatrização e linhas profundas?
A cicatrização é um processo complexo e cheio de peculiaridades dependentes da natureza de cada um. Apesar de todos os cuidados competentes ao cirurgião, algumas vezes os resultados obtidos ficam abaixo do esperado. Converse com seu cirurgião e esclareça dúvidas, evitando frustrações e buscando possíveis alternativas para os resultados insatisfatórios.
Qual é o momento ideal para operar?
A programação da cirurgia varia dependendo do tipo de lesão, (se benigna, maligna, de crescimento rápido ou não, impondo limitações funcionais ou não, etc.), e só poderá ocorrer após a devida avaliação do paciente por médico qualificado.
Onde será realizada a cirurgia?
O procedimento deverá ser realizado em ambiente autorizado pela Vigilância Sanitária, confortável para paciente e equipe médica, podendo variar de estrutura conforme o grau de complexidade da cirurgia planejada.
Deverei levar um acompanhante no ato de minha internação?
Converse com seu cirurgião a respeito. Dependendo do tipo de cirurgia e anestesia planejados, pode ser importante que alguém lhe acompanhe pelo menos nas primeiras horas após o procedimento.
Quais resultados devo esperar da cirurgia de tumores cutâneos?
Toda cirurgia acarreta cicatriz(es). Dentro do possível, respeitando as características e necessidades de tratamento da patologia em questão (lesão de pele), as cicatrizes são planejadas de maneira a ficarem em posições que diminuam a tensão sobre seus bordos, facilitando a cicatrização, e/ou camufladas em relevos existentes na pele.
A cicatrização é um processo complexo e cheio de peculiaridades dependentes da natureza de cada um. Alterações mais (fase inicial) ou menos (mais tardiamente) aparentes continuam a ocorrer mesmo após meses da realização do procedimento. Uma cicatriz final de boa qualidade é resultado de adequada técnica cirúrgica + fatores orgânicos próprios de cada paciente + devido manejo pós-operatório.
Dependendo do tipo, tamanho, localização da lesão, maiores ou menores deformidades poderão advir do procedimento cirúrgico. No caso das lesões malignas (câncer de pele), apesar dos esforços visando o melhor resultado estético-funcional possível, o mais importante é que se consiga a cura da doença.
Veja mais detalhes acessando o site da Sociedade Brasileira de cirurgia plástica.